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Beleza não está nos olhos de quem vê e sim na pele de quem sente

4 set

Zapeando pela internet vejo que os temas que permeiam minha mente muito mudaram em um ano. Feminismo e ciclismo ganharam grande parte do meu tempo de dedicação à leitura e debates abertos na internet.

Incrivelmente apesar da eleição já ter quase um ano o tema “PT vs PSDB” também não consegue me abandonar. Ontem mesmo estava arrancando os cabelos com uma amiga da minha mãe que reclamou porque critiquei o FHC.

Mas ainda mais incrível que isso é que embora faça mais de uma década que eu tenha saído da terrível adolescência o tema “Onde mora a beleza (?)” ainda permeia meu universo de assuntos TOP interessantes para mim. Tanto que senti grande vontade de escrever um conteúdo e, quando retomei o Lixo e Luxo, observei que a minha última postagem foi exatamente sobre isso. Esse ano eu revi Little Miss Sunshine e consegui, sim e novamente, chorar! Chorar pela beleza daquela lição! O mundo precisa de ter mais Stop the Beauty Madness. E, acredite, mais “deboismo”. Ok. Eu sei… Eu sei que eu, você, todos nós gostamos muito de uma treta. Mas, gente… “Life is one fucking beauty contestafter another”… A gente quer ser mais bonito, mais bem vestido, ter o melhor aparelho de smartphone, as melhores opiniões políticas e sociais e esquece o fundamental: TUDO isso tem um objetivo comum de causar bem-estar!

Ok, o texto acabou cambeando forte para um outro lado de Little Miss Sunshine

Quando eu na verdade, queria mesmo, compartilhar um texto lindo que reflete o que é a verdadeira beleza, para mim. É uma tradução livre, feita pela Thais Farage, de um trecho de um texto da Leandra Medine, a novaiorquina querida e responsável por um dos melhores blogs do universo dos blogs de moda, o Man Repeller.

Segue a leitura extraordinária sobre a beleza.

Ou….. a leitura sobre a beleza extraordinária.

“O mais importante, no entanto, é que eu me sinto confortável na minha própria pele. Eu não detesto o que vejo no espelho. Ainda que legiões de outras pessoas não concordem comigo. Aceito o reflexo que pisca de volta pra mim com todas as suas falhas e pontos positivos. Entendo perfeitamente que tenho olheiras intensas debaixo dos olhos.

Aprendi a apreciá-las. Notei que meu nariz vem fincando mais adunco a cada mês que passa. E tudo bem. Sei que as rugas que começam a invadir minha testa uma hora vão se instalar lá como moradoras permanentes. Meu pai tem rugas assim e elas me enchem de ternura.

Meus olhos nunca serão azuis, minha estrutura óssea jamais permitirá que você me confunda com uma modelo escandinava. Eu sou o que eu sou, mesmo que isso implique ser feia eu acho isso, sei lá, bonito.”

Leandra Medina – Man Repeller